Saúde na terceira idade
No Brasil, estima-se que a população com 60 anos ou mais seja de 30 milhões de pessoas, representando cerca
de 14% da população geral (210 milhões habitantes)
É o segmento populacional com maior taxa de crescimento
– acima de 4% ao ano –, passando de 14,2 milhões, em 2000, para 19,6 milhões, em 2010, e devendo atingir 41,5
milhões, em 2030, e 73,5 milhões, em 2060.
Essa é uma consequência da rápida e contínua queda da fecundidade
no país, e da queda da mortalidade em todas as idades.
Espera-se, para os próximos 10 anos, o incremento médio
de mais de 1,0 milhão de idosos anualmente.
Esse acelerado envelhecimento da população brasileira não deve ser considerado necessariamente um problema,
mas exige atenção e traz importantes desafios para a sociedade.
No idoso, as condições crônicas de saúde
são mais prevalentes, exigindo respostas capazes não somente de resolver esses agravos, mas de manter ou
recuperar sua autonomia e independência, com qualidade, resolutividade e custo-eficácia.
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
A estruturação da RAS da pessoa idosa tem como ponto de partida a definição clara do que é saúde do idoso, que
não significa somente ausência de doenças.
Entretanto, O cuidado oferecido aos idosos, especialmente àqueles portadores de múltiplas condições crônicas de saúde, poliincapacidades ou necessidades complexas, é frequentemente fragmentado, ineficiente, ineficaz e descontínuo,
podendo agravar ainda mais sua condição de saúde.
Direitos na terceira idade
O avanço da idade tem preocupado populações ao redor do mundo, tanto quanto aos maus-tratos desnecessários, quanto aos escassos incentivos dos governos aos planos de aposentadoria.
Nesse contexto, é possível destacar programas singelos de assistência a idosos, como o passe livre, os assentos preferenciais e o corte de filas em bancos.
Por outro lado, existe uma grande parte da população que os abandonam em asilos, ou, até mesmo, os agridem, por não possuir um senso de obrigação ou de zelo para com seus ancestrais.
Relativo aos subsídios garantidos aos maiores de 65 anos de idade, é notório que o governo federal brasileiro tem implementado, através da Secretaria de Direitos Humanos, regras pelas quais pessoas saudáveis doem seus lugares aos mais velhos em transportes públicos, de acordo com a Constituição Federal Brasileira
Porém, devido à uma grande parcela dos brasileiros inconsciente dessas políticas, anciãos debilitados veem-se diante de injustos abusos, fragilizando-se perante seus próprios direitos, seja em estacionamentos, seja em espera ao atendimento público.
Nesse sentido, de acordo com pesquisas recentes apresentadas pelo canal de tv Globonews, o desamparo aos mais velhos por seus familiares tem aumentado significamente nas últimas décadas, haja vista a dificuldade em conciliar uma criação familiar típica, ou seja, de pais para filhos, comparada ao sacrifício de cuidados especiais e dedicação exclusiva à pessoas debilitadas, como no caso de avós, em que a utilização de enfermeiros ou meros cuidadores se faz necessário.
Assim sendo, é primordial que o Ministério Público fortaleça as leis de amparo ao idoso através de monitoramento constante das vagas a eles reservadas, a fim de garantir seus direitos cíveis, pois, segundo Fernando Pessoa, uma das formas de saúde é a doença.
É fato que o Estatuto do Idoso seja uma legislação avançada, haja vista a ampliação de privilégios oferecidos. No entanto, a realidade vivida pelas pessoas da terceira idade nos mostra o quão longe a prática da lei se encontra da teoria
Nesse sentido, convém entender a situação dos idosos no Brasil e, posteriormente, discutir medidas para um melhor cumprimento dos seus direitos.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE DO IDOSO?
Cuidados preventivos são infinitamente melhores que paliativos. Portanto, as medidas de promoção de saúde para a terceira idade devem se iniciar muito antes dos 60 anos. É importante estimular bons hábitos de vida, alimentação , atividade física, vacinação, visitas regulares ao médico para realização de exames e aderência aos tratamentos prescritos
Com o passar dos anos, é natural que o corpo esteja mais suscetível a doenças potencialmente perigosas. Também podem fazer parte do processo do envelhecimento, para algumas pessoas, a redução de capacidade motora e cognitiva, sendo necessário traçar estratégias funcionais adequadas para cada indivíduo.
Envelhecimento saudável
Viver por mais tempo é um desejo que todos têm e, acima de tudo, viver com saúde, qualidade, liberdade e facilidade, aproveitando melhor a vida depois dos 60 anos.
Saber envelhecer é um aprendizado que começa desde criança tendo hábitos saudáveis de vida que devem ser mantidos por toda a vida. Saber envelhecer é também uma luta de todo dia por fazer valer o direito de cidadania.
Prevenção de doenças e promoção da saúde na terceira idade
A prevenção primária tem como objetivo cessar a doença antes de seu aparecimento por meio de diminuição ou eliminação dos fatores de risco. A prevenção primária pode incluir imunoprofilaxia (vacinas), quimioprofilaxia (ver tabela Quimioprevenção e imunização para pacientes idosos) e mudanças no estilo de vida (ver tabela Medidas de estilo de vida que ajudam a prevenir doenças crônicas comuns).